31/05/2010

Nuno

...Nuno, é o meu primogénito
...faz hoje 40 anos que me deu a alegria de passar a ser pai
...longa caminhada esta que nos levou por estradas tão diversas
...sendas percorridas com risos e lágrimas
...metas que não estão escolhidas mas que serão atingidas
...com esperança no peito e um sorriso na alma
...parabéns, meu filho
...um beijo grande

29/05/2010

Pintar a tela do teu ser

“…gosto de desenhar no meu corpo a pura entrega de quem ama… gosto de desenhar na minha alma a luz dessa verdade… escrever com os meus olhos a leitura da saudade… garatujar nos sons as palavras sussurradas… saborear na boca, nos lábios a doçura do mel do teu beijo desenhado desejo de quem procura o abraço esperado… gosto de desenhar nos teus ouvidos as letras que formam os sentidos… desenhar, por fim, já por sobre o esboço da obra final de quem no auge do encontro sente-se sonho sabendo ser real… pairar na tela do teu corpo e desenhar as cores do amor que num todo se move completo no ser que temos por modelo… e sendo-o, tê-lo, possuí-lo e transformar a obra num plano final que dá ao desenho o toque especial como que uma assinatura sobre a obra acabada… depois, ficar a mirar tudo o que havia sido feito para ter ali, na minha frente, a concretização do sonho e saber que todas as palavras ditas ou as desenhadas ou as escritas houveram sido assimiladas, saboreadas e entendidas como brotadas de dentro do meu ser… gosto de desenhar sim, no teu corpo, o meu eu e no fim ao olhar a tela preenchida em ti soubesse ali ter tudo o que havias querido da presença do meu amor…”

25/05/2010

Sentir

“... és sinónimo de paz, na palavra que me dás... és sinónimo de beleza nesse olhar profundo sem mácula de tristeza... és sinónimo de alegria no toque suave que em mim um teu sorriso cria... és sinónimo de paixão quando disfruto o bater mais forte do meu coração... és sinónimo de harmonia quando me beijas enlaçados em sintonia... és sinónimo de luz quando no escuro da noite teu amor me seduz... és sinónimo de serenidade quando no abraço matamos a saudade... és sinónimo de ternura quando na partida o teu olhar em meus olhos perdura... és sinónimo de puro amor quando nos afagamos com a alma e os corpos sem pudor... és saudável loucura quando sinto a nossa mútua procura e nos afogamos no delirar de um sentir que tudo é tão simples quando sabemos porque é que nos estamos a amar... és tudo o que um simples mortal busca na imortalidade que a qualquer um ofusca no silêncio do grito que amaina a febre do ruído que quebra tudo mesmo que fosse granito... és tudo o que o amor busca no olhar, no toque, no beijo que de momento em momento se reduz ao desejo, trazendo como prenda, tecido em flocos de doce renda, o caminho percorrido como sempre desejado, obtido e que a luz em nossos corações se acenda para num florir matinal ou num anoitecer normal, o doce sabor nos acorde ou nos adormeça em profunda certeza que o dia seguinte mais não será do que um novo fruir do amor que nos envolve e a cada momento nos devolve na mais plena pureza do aceno tão natural como há pouco sobre nós desceu... porque se te sinto minha, sei que me sentes teu...”

19/05/2010

Nunca te falei de amor

“... nunca te falei de amor... tenho falado imenso sobre como amar ou sobre o que é amar ou sobre a diferença entre o amar e o gostar... tenho falado muito sobre como é que sabemos quando estamos a amar, quando sabemos o que é amar... como é amar, porque amar é o único caminho... mas nunca te falei de amor... nunca te falei desse sentimento lindo que me envolve numa capa protectora e me faz sentir feliz e bem disposto... nunca te falei desse sentimento tão nobre e tão belo que nos faz sentir o principe dos contos de fadas... nunca te falei de amor apesar de já ter falado tanto de como amar-te... é fácil amar-te... é bom amar-te... é tão doce saber que te amo, que te estou amar como é doce saber que me amas, que me estás a amar... é tão simples e tão perene o saber que amamos, que nos amamos, que somos um só apesar de formados por dois seres distintos... é tão bom amar-te... tão simples amar-te... tão doce saber-me amado... pois, mas nunca te falei de amor... do que é o amor, de que é que ele é feito e do que é que ele nos faz... como tenho dito, quando falo de amar, amar é sofrer, por isso e em primeiro de tudo, o amor é dor... é uma dor que nos preenche o peito e se alastra pela alma adentro como se de uma doença se tratasse... depois, não tem cura e a febre sobe e o amor recrudesce e enobrece quem ama... o amor é o fruto do acto de estarmos a amar... por isso, o amor dói... é como se fosse um parto com dor, quando se ama... do acto de amar nasce o amor e desse nascer, dessa alvorada de luz, a dor povoa-nos e cerca-nos para o resto das nossas vidas... amar é tão simples, tão fácil, tão bom, tão doce... é apenas doarmo-nos ao outro numa entrega total e sem esperar nada no retorno... daí que seja fácil pois dar é apenas uma acção... o amor é o que nasce, o que vem, o que surge dessa acção, dessa atitude de dádiva... e, por isso, dessa dacção, dessa entrega, algo sai de nós, algo se desprende de nós e é esse algo que transforma o acto de amar numa dor profunda, numa dor quente, numa dor sem dor mas que dói... e é nessa dor que sentimos que se ama, é no sentir dessa dor que sabemos que estamos a amar e a sermos amados... é nessa dor que se nos revelamos um ao outro com a fusão de dois seres num só... e nessa fusão, o amor é... e ele só o é, ele só existe, ele só é real se nos fizer doer... e quão purificadora é essa dor, quão sereno é esse sofrer, esse acto de querer, esse acto de receber já que amar é dar, o amor é o que se recebe e nesse saber que temos algo que nos é dado pelo outro, sabemos porque a dor, a partir daí, se instala, vibra, arrepanha, angustia, inebria também, anestesia-nos e a dor se transforma, por aceitação, na mais doce forma de amarmos... se não sentires que te dói então é porque não amas... bendita, pois, a dor que me invade, que me transcende e me faz saber o quanto te amo!...”

14/05/2010

Correntes

“... a vida tem correntes que nos prendem e não nos deixam vaguear... são as correntes de ferro forjadas nas condições dos agravos que ela, a vida, nos abala... a vida tem correntes que nos levam em várias direcções como as vagas de um mar encapelado ou de um rio em tormenta... são as correntes invisiveis que nos empurram para a frente... a vida tem correntes sem correntes que nos fazem estagnar... são como os lagos mansos em que nem uma folha se move e assim, presa, depressa esmorece e morre... a vida tem tudo o que podemos desejar e tudo o que não queremos e temos de aceitar... a vida é bela e doutras vezes, do outro lado dela, a vida é como o fel em que o sabor doce do mel não existe e não se deixa provar por sedentas línguas de tanta e tanta gente neste longo mar a esbracejar... porém, a vida é uma realidade que nos faz aqui estar... ela nos empurra, ela nos prende, ela nos sujeita às mais diversas e caprichosas vontades de um poder mais forte que a nossa própria força... a chamada Lei da Atracção faz com que se consiga moldar a vida à nossa maneira, só que essa mesma Lei funciona para todos e se eu atraio para aqui haverá o meu oposto que atrairá para ali... vencerá algum ou perderemos os dois?... só a vida o saberá quando dermos pelo lado em que nos encontrarmos em determinado momento... porém, nada nos impede de continuar a perseguir sempre o mesmo caminho e, como tenho dito sempre e por, talvez, demasiadas vezes, vezes a mais, amar é o caminho e não interessa qual o caminho, interessa isso sim, caminhar... mesmo que as correntes nos prendam ou nos empurrem, forcemos os elementos que nos cercam e caminhemos em frente com a firme certeza que o amor está lá, lá bem ao fundo, em algum lugar à nossa espera... não desesperemos... avancemos com redobrada força... tenhamos confiança... acreditemos que amamos, que somos fiéis e que somos verdadeiros, no mínimo com nós mesmos... viva-se o momento, momento a momento apenas com um único intento: chegar lá, chegar aos braços do ser que amamos, do ser que desejamos alcançar, mantê-lo ao nosso lado, abraçar, beijar, sentir, viver, enfim, numa palavra, amar...”

12/05/2010

Quando sabemos que se ama?

“… há dias escrevi-te dizendo as razões pelas quais te amo… escrevi dizendo, afinal, que te amo porque te amo… mais tarde comecei a pensar se existe um momento a partir do qual se começa a amar e se esse momento existe, como sabemos então que se ama?... disse-te também há tempos que o amor não tem tempo nem espaço pela simples razão de que o Amor apenas, é… vive, subsiste, existe, está… é algo definido, concreto mesmo não sendo físico nem metafísico, o Amor é algo que é… sendo assim, não tendo o Amor tempo nem espaço e sabendo nós que amamos, como se sabe que se ama?... dediquei todo o tempo da minha vida à procura do Amor, na busca constante do meu “Graal”, na demanda do porquê do se ser e do se estar e das razões pelas quais aqui estamos… durante todos esses anos procurei e um dia (não interessa quando porque o Amor não tem tempo nem espaço) descobri que o Amor está (é) em cada um de nós… não é nada que se descubra ou possua ou se encontre… ele, o Amor, está em nós mesmos… se ele está em nós então ele é nosso, de nossa pertença e faremos dele o que bem se quiser… daí que, quando afirmo as razões pelas quais eu te amo, estou ao mesmo tempo a dizer que te amo apenas porque sei que o Amor que está dentro de mim, passa para ti… deixa de ser “meu” e começa a “existir” em ti porque apenas e só, te doo esse Amor, numa entrega sem pedir troca… dando-o, sei que o dou e nesse momento passo a saber que te amo… assim, só existe uma única forma de sabermos se amamos (ou quando é que sabemos que estamos a amar), é sabendo que o Amor que estava em nós foi dado a outrem, entregue simplesmente, como dádiva… e esse Amor pode estar num simples gesto, num olhar, num acenar, num toque, num sentir, não se ser o que éramos e passarmos a ser de outrem… nesse momento, quando nos sentirmos parte do outro, saberemos que estamos a amar… em contrapartida, quando soubermos que fazemos parte de outrem também saberemos que estamos a ser amados… porque apenas e só, o Amor… é...”

10/05/2010

O quanto se ama

“... estendo as mãos ao futuro na ânsia de o alcançar... revejo-me nele como se fosse hoje o que estou a viver... mas depressa caio em mim e sei que estou a sonhar... nada mais que um breve sorriso e um beijo nuns lábios sedosos, como mel que ainda escorre na minha pele... um doce desejo de voltar a sentir esse doce desejo de abraçar-te num voltear de dança parada na imagem do momento ali focada... num sentir que nada se sente para além do amor que existe mesmo e não nos mente... lateja nas nossas faces de rosadas que se tornam da loucura que nos invade e das mãos que se movem na procura... cabeças que se tocam e se enlaçam em cabelos revoltos misturados com os dedos que os afagam... e os braços remetidos à sua função de prender ali, naquele momento, a eternidade do abraço... e os olhos se olham, se miram e sorriem enquanto os lábios se molham no mel de um beijo prolongado, húmido, molhado, doce doçura de tanta candura e desejo... e a boca de vez em quando entreaberta para pronunciar a palavra certa, a palavra aguardada, descoberta, límpida de tudo e do nada pela simplicidade da verdade que existe quando se pronuncia o quanto se ama, o quanto nos preenche e nos invade a Alma...”

08/05/2010

Incompleto

"...Enfrento o espelho e me abro... Olho-me e me sinto inteiro... Por dentro e por fora... noto defeitos e falhas... claro, não sou perfeito... Mas vejo-me diferente para além disso... Mas não sei porquê... Procuro a razão de tal sentir... Conto-me pedaço a pedaço: Tenho cabeça, pescoço e um braço... do outro lado um braço mais, um peito, um tronco, uma bacia, um pénis, dois membros inferiores e um pé de cada lado... Tenho cabelos, barba, pêlos, púbis, impressões digitais, testículos e tudo o mais... Tenho unhas roídas eu sei e tenho olhos, boca, dentes, orelhas e nariz... Sinto um coração a bater um estômago a roer... um intestino a doer e uma bexiga a gemer... pulmões a encherem-se de ar e tudo o mais que não consigo ver... Tenho dedos... Não vejo nada de grave... mas algo me diz que há um entrave... Sinto uma falha... Não estou completo... Olho à volta e em nada reparo que me possa dizer o que me faz sentir ser um ser incompleto... está tudo funcional... Então está tudo bem!... Nada está mal... Mas o que é que falta que me provoca esta sensação de vazio, de nada, de tudo?... Repentinamente sinto frio... O espelho fica baço... Olho e é tão simples: Apenas me falta um abraço!..."

06/05/2010

Querer amar

“…amo desde o momento que quero amar até ao momento em que decido não amar… para amar é preciso querer amar como quem tem frio e quer calor ou como quem está cansado e quer descansar… tão simples quanto isso: é apenas um acto de exercício de um querer… não amamos por amar ou porque fomos aprender a amar como quem vai aprender uma nova disciplina; só se aprende uma nova ciência desde que se queira aprender; é preciso querer aprender; ninguém é obrigado a amar como ninguém é obrigado a não amar ou até mesmo a odiar… para amarmos é preciso que se queira amar: dizer mesmo – eu quero – e sentirmos que esse é um querer simples e sem artifícios… amar é uma entrega absoluta sem qualquer barreira, mesmo que magoe, que fira, que não seja o que pensávamos que seria… amar é uma dádiva e não um receber o que quer que seja, dando-nos para além de nós próprios mesmo que isso signifique perder alguma coisa… amar pode ser a perda de nós mesmos em prol de alguém que precise mais de mim do que eu próprio preciso e pode significar, portanto, dor, lágrima, choro, tristeza, amargura, infelicidade, desespero, quiçá até mesmo desamor… amar não é sorrir e dizer: Que bom, amo!… amar é dizer eu estou aí em ti e não em mim… amar é olhar para mim e sentir que só faço falta a ti e que me sobro a mim próprio… amar é tão simplesmente isso: querer estar naquele que precisa de mim mesmo que isso queira dizer que me perca, que deixo de ser o que sou ou o que gostaria de ser, mesmo que signifique a dor e a perda que tanto abomino e não desejo… para amar basta apenas querer amar… e a lágrima escorre pela minha face e a dor é forte mas, eu quero amar!…”

04/05/2010

Onde me escondo

"...na incerteza de um amor naufragado... nas mansas águas do teu rio revolto... em densas brumas de vontades ... ousei olhar a minha alma como dona da minha certeza... na efémera busca da eterna beleza... no olhar terno de teus lábios... ou no beijar ardente de teus olhos... deleitado na ânsia da posse... emparedei-me dentro do meu próprio ser... ousei usá-lo como armadura contra o meu medo... contra o medo desmedido de te perder... mas imbuído de todas as forças... descobri-me perto do teu corpo... e me lancei completo e sem cansaço... nos teus braços abertos ao abraço... que tanto busco como o meu único porto..."

02/05/2010

Dia da Mãe

"... durante 3 dias o teu corpo se contraiu com as dores de parto e a criança que trazias no ventre não queria sair... durante 3 dias o teu corpo se contorceu de dores e eu, impávido e sereno, dentro da tua bolsa amniótica, alheado do mundo que te rodeava, aguardava talvez que o meu mundo não explodisse e a minha vida fosse ali, onde estava... ao terceiro dia de dor, no dia 8 de Dezembro, fui obrigado a sair de dentro de ti... tiraram-me à força e eu pude ver a luz do dia e tu pudeste descansar... nasci no dia da Imaculada Conceição, a concepção por natureza, o dia em que se celebrava o dia das mães... ainda hoje, para ti e para mim, 60 anos passados, esse é o teu dia, o dia em que, pela única vez foste mãe... o meu nascimento forçado provocou a tua impossibilidade de gerar mais filhos e jamais pude ter irmãos... trataste de mim, sempre... hoje, sou eu que trato de ti... porque mereces e porque ainda és a minha mãe..."

01/05/2010

Tenho frio

“…tenho frio, tenho mesmo muito frio… sinto um arrepio dentro de mim que me faz encolher a alma… dobro-me sobre mim mesmo e procuro a razão do frio que sinto… sinto-me cheio de um vazio que se instala no meu cérebro e deste passa para o meu ser... sinto-me entorpecer e as pernas dobram-se e enregelam... o frio que sinto faz-me tremer… não vejo sol dentro de mim e a lua passou já muito ao largo e não deixou rastos... as estrelas estão longe e não me iluminam o suficiente para aquecer o meu coração... é tudo em vão... todo o esforço que faço para me manter à superfície ainda me magoa mais porque as forças me abandonam e o corpo rejeita energias que gasto nesta viagem... e é apenas a minha imagem... mas olho para lá e não vejo nada que me faça regressar... e desejo cada vez mais sair, fugir mesmo sem saber para onde ir… não é dilema não saber o que aí vem… sabe-se que se está a ir nessa direcção e deixamo-nos ir como folha perdida nas águas turbulentas de uma sarjeta suja de pó e vazia também de tudo... deito-me dentro de mim e adormeço no meu sonho sem dormir… é um sonho acordado de tão cansado que nem o sono sossega e não me dá trégua… tenho frio, tenho muito frio… sinto um arrepio de novo e mais uma vez me encolho e olho para dentro do copo que tenho na mão… é um copo vazio como eu e também está frio… peço a alguém que o encha de novo e dizem-me que não, que já bebi demasiado… mas eu sei que não, ainda consigo entender o que me é dito e porque razão ouço este imenso grito… tenho frio, tenho muito frio… saio num tropeço dum trôpego andar... passo pelo espelho e alguém do lado de lá olha para mim e sorri… é alguém que eu já conheci, alguém que já esteve aqui comigo, dentro de mim… nunca mais o vi… por onde andará?... no entanto, foi simpático, acompanhou-me até à saída… não o vi mais… não havia mais espelhos naquela sala daquele bar... abri a porta de par em par... respirei o ar frio da noite ainda mais quente do que o frio que eu sentia dentro de mim... olhei o mar que se estendia para lá daquelas escadas que desciam para ele, ele que me esperava depois do abismo… olhei-o e ele riu-se numa risada tremenda que me fez encolher e de novo ver que já nada estava ali a fazer... preciso de dormir, mas um sono que jamais termine… preciso de dormir e afinal o carro está ainda ali… é aquele preto… tem aros prateados nos faróis mas não tem luz, estão apagados como eu... a chave está na minha mão e abrir a porta não custa… já nada me assusta porque o frio me tira a percepção da realidade… tenho apenas uma vontade, dormir, deixar-me ir e não saber nem como nem para onde... tenho frio, tenho muito frio...”