20/02/2008

desnudo-me

“…vá, tirem-me tudo… eu me desnudo num gesto simples e urgente… tu e toda a gente… tirem-me tudo, tirem-me o corpo, a alma, o sorriso e a calma… tirem-me o juízo, a paz, a rectidão… tirem-me o siso, o beijo e o riso… tirem-me o sol e a lua… façam um longo rol… tirem-me tudo... eu me desnudo... tirem-me a pele, a voz, o coração... tirem-me as mágoas, as roupas e a saudade… tirem-me o peito, o respeito e a verdade… tirem-me o ontem, o hoje e o amanhã… tirem-me tudo mesmo que seja já... eu me desnudo… façam uma lista e de nada se esqueçam… façam revista… tirem-me tudo à chegada ou à partida... tirem-me tudo que eu me desnudo e à vossa disposição me ponho... mas, por favor, não me tirem o sonho...”

2 comentários:

  1. Pois, mas o grave é que ser mesmo o sonho que nos estão a roubar!!
    Abraço.

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  2. Os sonhos morrem quando se tornam realidade e essa às vezes pode ser um pesadelo. Podem morrer mas temos uma capacidade infinita de os fazer voltar. Qual fénix renascida. Essa é a minha esperança.

    Um beijinho. Obrigada pela visita e pelas palavras deixadas no meu canto. Foi com prazer que li o que por aqui está

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