29/11/2012

A tua chegada

… chegas pela manhã … logo a seguir ao último luar … e trazes margaridas no teu sorriso … vens com os olhos brilhando pétalas … e as mãos erguidas em ovação … trazes a paz no teu andar … no compasso terno do teu coração … chegas pela manhã … logo a seguir ao teu último sonho … resplandecente de ondas do mar … trazes o sorrir de um beija-flor … trazes alegria, trazes amor … vens com os lábios abertos ao mel … e os braços abertos ao abraço … cantas, deliras de espanto … e esqueces o teu cansaço … és serenidade doce do meu encanto … és luxúria do meu segredo … és encanto que me tira o medo … és flor que me cobre como um manto … chegas pela manhã … logo a seguir ao último luar … chegas pela manhã … sem lágrimas, sem pranto … chegas pela manhã … num gesto doce … do teu terno e suave amar... (photo from herminia.bloguepessoal.com)

3 comentários:

  1. Lindo texto quiçá inspirado ao amanhecer..

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  2. Muito belo. A alucinação amorosa encontra eco no delírio palpável da chegada do objecto amado, aliviando as tensões ligadas ao desejo, que desemboca na representação da realidade, já que os afectos são inerentes ao acto de pensar.

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