02/08/2005

zeca

...farias hoje 76... melhor, fazes hoje 76 pois estás "vivo" em nós...
...
Amigo
Maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também
Em terras
Em todas as fronteiras
Seja bem-vindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também
Aqueles
Aqueles que ficaram
(Em toda a parte todo o mundo tem)
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também

13 comentários:

  1. Porque nunca é demais lembrá-lo!

    Obrigada por não deixar que nos esqueçamos de o recordar... :)

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  2. Bonita homenagem. Um beijo por isso.

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  3. Conhecer alguém aqui e ali que pensa e sente como nós, e que embora distante, está perto em espírito, eis o que faz da Terra um jardim habitado.

    (Goethe)

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  4. Os seus poemas, as suas músicas, bailam dentro de mim.
    Um beijo para si,

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  5. passou ontem o aniversário. Junto a minha às outras vozes. Bj

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  6. O Zeca é daquelas personagens que me acompanha com alguma frequência. Quando vou ao Alentejo, ouvir um CD do Zeca Afonso é indespensável. Funciona como que um ritual. Talvez por isso, quando o ouço, recordo o meu povo, a minha gente.

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  7. Gosto...muito do Zeca...deste poema e...de vozes com o timbre singular...a dele diz-me muito!
    E...obrigada!...sinto duplamente as homenagens que fazem a quem eu gosto!
    Beijinho grande.
    maria

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  8. Bem ... para primeira vez que por aqui passo não podia ter começado melhor ... deixo um beijinho emocionado pela homenagem que fazes e pela partilha em que pude também participar .... vou linkar-te no meu blog para passar a fazer do teu cantinho minha visita diária.

    Um beijinho encaracolado ~:o)

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  9. Linda esta homenagem...

    Deixo um ENORME BEIJO!
    BShell

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  10. vou ajudar-te na tua homenagem também.abraço da leonor

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  11. Adoro Zeca Afonso, obrigado pela homenagem prestada, é sempre tão bom relembra-lo.
    Um beijo doce

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  12. Vampiros

    No céu cinzento
    Sob o astro mudo
    Batendo as asas
    Pela noite calada
    Vem em bandos
    Com pés veludo
    Chupar o sangue
    Fresco da manada



    Se alguém se engana
    Com seu ar sisudo
    E lhes franqueia
    As portas à chegada
    Eles comem tudo
    Eles comem tudo
    Eles comem tudo
    E não deixam nada
    A toda a parte
    Chegam os vampiros
    Poisam nos prédios
    Poisam nas calçadas
    Trazem no ventre
    Despojos antigos
    Mas nada os prende
    Às vidas acabadas

    São os mordomos
    Do universo todo
    Senhores à força
    Mandadores sem lei
    Enchem as tulhas
    Bebem vinho novo
    Dançam a ronda
    No pinhal do rei

    Eles comem tudo
    Eles comem tudo
    Eles comem tudo
    E não deixam nada
    No chão do medo
    Tombam os vencidos
    Ouvem-se os gritos
    Na noite abafada
    Jazem nos fossos
    Vítimas dum credo
    E não se esgota
    O sangue da manada

    Se alguém se engana
    Com seu ar sisudo
    E lhes franqueia
    As portas à chegada
    Eles comem tudo
    Eles comem tudo
    Eles comem tudo
    E não deixam nada

    Eles comem tudo
    Eles comem tudo
    Eles comem tudo
    E não deixam nada

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