"... procuro em todos os poros do meu corpo a tua presença... vasculho a penugem que me cobre na busca de um traço teu, de uma marca deixada na selva do meu corpo... uso a mente na concentração do pensamento de todos os momentos vividos para os reencontrar em mim... uso a imaginação e penetro nas minhas artérias, nos meus músculos, nos meus tendões; tento ver as marcas que a tua estadia em mim deixou... minuciosamente, uso todos os meus sentidos: olho-me completo, milímetro a milímetro, cheiro-me, saboreio a minha pele e ouço o bater do meu coração, toco-me, acaricio-me... e vejo-te em mim, e sinto o teu cheiro a pétalas... o meu palato sente o sabor doce dos teus lábios, do teu beijo, do teu sal... ouço o sussuro das tuas palavras nos meus ouvidos e abandono-me aos teus devaneios... são pequenos nadas do meu dia a dia na procura de ti sempre presente em mim... são pequenos nadas da minha vivência enquanto tento olvidar os pequenos nadas da nossa ausência... olho-me sempre e vejo-te... e a tua presença é constante mesmo quando não estou a teu lado, mesmo quando não somos um só e nos fundimos de tal forma que tudo o que és fica indelevelmente gravado em mim..."
hum...belissimo...tb quero sentir assim. Será que se encontra duas vezes na vida esse sentido completo, esse sentimento que de físico tem apenas os corpos?
ResponderEliminarestive a ler a rampa e o preencher. Preenches bem os silêncios. Abraço da Nina
Nas ausências, buscas em ti o que de ti deixas ficar. Um doce sabor e o encanto das palavras que tão bem sabes usar :)
ResponderEliminarUm beijo. Dos nossos.
È tão bonito.
ResponderEliminarTão forte e ao mesmo tempo tão simples.
E tão poucos percebem a força dessa forma de sentir.
Parabéns pela escrita sempre rica e enriquecedora.