04/04/2005

exprimir

"...teremos alguma vez na vida, um pouquinho de tempo que seja, para dizermos ao outro o que nos vai cá dentro?... Teremos alguma vez na vida, a coragem suficiente para ouvirmos do outro o que haja para ser ouvido?... Teremos alguma vez na vida, o saber profundo de não misturar o que queremos dizer e o que devemos ouvir?... Teremos alguma vez na vida o sentir do momento certo para no momento exacto estarmos perto (ou ainda que distante) e sabermos que não dizer é o mesmo que gritar?... Não sei!... Questiono-me imensas vezes sobre a possibilidade de estar certo e não o saber ou de o saber e não estar certo o que penso que sei... Indago a mim mesmo se o que sinto deve ser dito ou se deve ser guardado no infinito... Pergunto-me se quero ou se não quero, se devo ou se não devo... É então, nesses momentos de angústia, que decido o que fazer da minha vida (será que ela me pertence?...): Tomo a decisão de escolher... E assumir a minha escolha e aceitar as consequências e sorrir ao advir sem constrangimentos nem sentimentos de culpa... afinal, nada me consegue fazer parar porque cada vez mais tenho a certeza que o caminho é somente aquele que nos permite amar... é por aí que eu irei..."

7 comentários:

  1. Tanta sabedoria num texto sobre a incerteza! Só quem reconhece as dúvidas pode arriscar uma decisão. Sublime :)*

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  2. Também eu me coloco tantas vezes essas questões...
    Dissete-o duma forma sublime.
    :)*

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  3. Camiñante no hay camiño, se hace al
    camiñar...
    Importante é ver as rosas pelo caminho fora - e isso tu sabes
    fazer...

    Circe //(ºº)\\

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  4. E quando perdemos a oportunidade, aquela que podia ser a última, de dizer a alguém: "Amo-te"???!!!

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  5. Pois é, Lobo. Não sei, também. Vai do momento. Como diz o confessionário (olá, Padre), porquê esconder e não dizer "amo-te?". Se não caíu bem, paciência. Como dizes, esse é o caminho. Ah, mas nada é assim tão simples ...

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  6. Por vezes o tempo escorre entre os nossos dedos, e o amor vai com ele. Quando damos por isso temos de o recolher com meiguiçe do chão e voltar a sentá-lo a nosso lado.


    abraço

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